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Empreendedor cívico fala ao Portal RAPS sobre sua atuação na sociedade civil

19 de janeiro de 2015

carlos-hoffmannO Portal RAPS conversou com Carlos Hoffmann, empreendedor cívico que entrou na rede de Líderes Políticos RAPS em 2013. Carlos, que tem uma atuação expressiva na área social e formação em política, educação e administração, falou sobre os principais projetos nos quais está envolvido atualmente. Confira abaixo o bate-papo com ele.
RAPS – Você tem uma formação que contempla diferentes áreas, como: educação, administração e política. Como essa formação holística contribui para a sua atuação social?
Carlos Hoffmann – Contribui de forma decisiva. Ver e auxiliar o outro só é possível de forma concreta a partir do entendimento das múltiplas realidades. O fato de eu ter buscado essa formação holística contribui muito neste sentido. É realmente positivo ter a sensibilidade e desprendimento da educação, a objetividade e planejamento da administração e o fortalecimento das relações e entendimento do contexto social a partir da visão política e sociológica.
RAPS – Sabemos que você está à frente de 3 projetos: Nossa Eldorado do Sul, Artistas de Rua e Mãos Amigas. Poderia falar um pouco sobre eles?
CH – O Nossa Eldorado do Sul é um movimento de cidadania que visa construir uma cidade melhor para todos a partir da colaboração cidadã; em espaço para conhecer, debater, inspirar e transformar a cidade. Trata-se de um movimento apartidário, sem fins lucrativos, formado pela sociedade civil, que trabalha pela participação da sociedade nas políticas públicas e pela criação de uma agenda positiva para a cidade.
O projeto Artistas Urbanos busca fazer um mapeamento colaborativo dos artistas que trabalham na rua ou em espaços públicos e abertos da cidade de Porto Alegre e de todo o estado do RS. Abrange diferentes gêneros artísticos: teatro, dança, capoeira, folclore, representação por mímica, artes circenses, artes plásticas, música, literatura e poesia, entre outros. A iniciativa conta com o financiamento da Secretaria de Estado da Cultura por meio do Fundo de Apoio à Cultura – PRO-CULTURA RS, da Secretaria Municipal da Cultura por meio do FUMPROARTE e tem parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Ideologias Políticas e Movimentos Sociais da Unisinos.
Por fim, estou à frente da iniciativa Rede Social Mãos Amigas, que foi criada em 2008 no bairro Restinga Velha, em Porto Alegre (RS). O projeto atua a partir dos conceitos-chave de cidadania e bem-estar social e visa promover o protagonismo social nas comunidades por meio de diversos tipos de ações. Trabalhamos em rede. Desde 2008, já geramos impacto positivo em milhares de pessoas.
RAPS – Para você, um empreendedor social precisa do que para levar um sonho adiante?
CH – Pessoas, redes de relacionamento estáveis e recursos. Basicamente, capital social, humano e financeiro. Não é fácil, geralmente um destes pilares mostra-se ausente, mas com o capital social todo o resto pode ser viabilizado.
RAPS – Para você, qual a diferença entre empreendedorismo social e assistencialismo? Você considera este último (assistencialismo) válido para o desenvolvimento de uma sociedade?
CH – O assistencialismo deve ser, no máximo, temporário e com o objetivo de “levantar a pessoa” para o seu protagonismo; para o seu empreendedorismo. O assistencialismo puro e permanente serve apenas a projetos nefastos de poder e dominação. Infelizmente, ainda vemos no Brasil muitas iniciativas assistencialistas, sem perspectiva de evolução.
RAPS – Na sua opinião, a sociedade civil está interessada pela política institucional? 
CH – Infelizmente, não. Poucos estão na política visando o bem-comum. Pouquíssimos tem uma visão aberta e comunitária, solidária e humana. Muitos reclamam, mas não se envolvem e não contribuem positivamente para o aprimoramento da política institucional. As pessoas não percebem que agir assim apenas reforça a figura do político corrupto, antiético e sem escrúpulos. Só conseguiremos mudar isto quando a própria sociedade perceber a importância de seu papel e exercê-lo com firmeza. O envolvimento e protagonismo dos cidadãos é essencial.

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