O respeito à democracia se faz na união de democratas. Essa é a essência da RAPS, que, há 11 anos, trabalha pela defesa e fortalecimento de um sistema político com melhores oportunidades para todos no nosso país. Neste 25 de outubro, em que se celebra o Dia da Democracia no Brasil, reafirmamos nosso compromisso com o Estado de Direito, instituído e regulado pela Constituição Federal.
Na data que lembra a morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em São Paulo, a RAPS destaca que uma democracia melhor é possível com respeito às instituições, ao sistema eleitoral, à coexistência entre os diferentes e à imprensa livre. E com amizade cívica, tolerância, diálogo, diversidade, sustentabilidade.
Em 2022, ano em que o Brasil viveu o período eleitoral mais importante de sua história recente, com a democracia sob ataque, fomos às ruas, ao lado da sociedade civil organizada, e aos gabinetes políticos para manifestar nosso comprometimento com a construção de um país livre e justo para todos. No Largo de São Francisco, em São Paulo, nos unimos a movimentos sociais, empresários, acadêmicos, cidadãos e cidadãs que deixaram de lado suas diferenças para celebrar o Estado Democrático de Direito, defender o sistema eleitoral e ecoar, com outros atos espalhados pelo Brasil, um sonoro e poderoso NÃO para o autoritarismo.
Em Brasília, entregamos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o manifesto Políticos em Defesa da Democracia e das Eleições, com as assinaturas de 119 políticos de 23 legendas, que abandonaram suas diferenças partidárias e ideológicas em prol do sistema democrático.
Reafirmamos ainda a certeza de que não estamos sós nessa luta. Uma pesquisa realizada pela RAPS, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em setembro do ano passado, mostrou que, apesar do aumento da polarização e da violência política, a maior parte dos cidadãos apoia a democracia.
Não há democracia sem mulheres
Em nossa jornada de 11 anos, trabalhamos para que cada vez mais mulheres façam parte da vida política e tenham representação institucional. Em 2021, lançamos um manifesto em defesa da igualdade de gênero e respeito em todos os ambientes, por um mundo com mais mulheres na política. E por uma política em que as mulheres tenham voz e vez.
Em mais um passo nessa luta, publicamos, em julho do ano passado, o Guia Prático para Mulheres na Política, que explica o que é violência de gênero, como identificá-la, denunciá-la e buscar apoio jurídico e psicológico. O Guia foi concebido a partir do relato das experiências de 16 lideranças que ocupam, já ocuparam ou concorreram a um cargo eletivo de diversos partidos e regiões do Brasil, e das entrevistas com seis especialistas.
“Não há incentivo para a participação feminina nos espaços de decisão, e as poucas que conseguem chegar precisam enfrentar diariamente o machismo e atos constrangedores e de violência”, diz Mônica Sodré, diretora-executiva da RAPS. “Hoje, 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, mas quando olhamos para os cargos eletivos no país ocupamos menos de 15%. A gente acredita que uma democracia melhor é possível com mais mulheres na política”. E a gente é o que a gente acredita. E nossa luta por uma democracia plena deve ser de todos.
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