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II Módulo de Formação 2019: a questão da água

6 de agosto de 2019

II Módulo de Formação 2019: a questão da água

A água foi um tema bastante relevante durante as atividades do Módulo II de Formação dos 64 Líderes RAPS 2019, realizado nos dias 27 e 28 de julho em São Paulo (SP). O assunto foi debatido em diferentes painéis, o que permitiu uma abordagem mais completa sobre a questão.

No painel “O que é essa tal de sustentabilidade?”, Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas (SOS Mata Atlântica), apontou as relações da água dentro do conceito de sustentabilidade. “É impossível tratar de sustentabilidade sem falarmos de água”, afirmou. “A floresta depende da água, a água depende da floresta, e nós dependemos das duas coisas”, sintetizou.

 

Ao centro, Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas | Foto: Caroline Siqueira

 

Malu Ribeiro também explicou como a visão utilitarista sobre a água, tratada como “recurso hídrico” é prejudicial. “Precisamos olhar para água de forma mais ampla, que inclui direitos humanos, espiritualidade e outras muitas questões”, disse. Outro ponto abordado pela palestrante foi a ideia de que o Brasil é extremamente rico em água doce de qualidade. “A abundância e água fez com que ficássemos despreocupados com a governança em relação a água por muitos e muitos anos. “Ocorreram diversas mudanças e dados por conta do descaso em relação a água, com a morte de rios, entre outros problemas”, revelou.

Já no painel “Precisamos discutir saneamento”, Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água, apontou o desconhecimento sobre a real situação do saneamento no Brasil, com dados disponíveis que não representam a situação real e utilizam metodologias diferentes. “A primeira coisa que a chuva lava é a memória seca”, disse.

 

Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água | Foto: Caroline Siqueira

 

O papel fundamental dos municípios para as políticas públicas no setor também foram destacados por Marussia Whately. “O município é o ente federativo capaz de integrar políticas de saúde, meio ambiente, defesa civil e saneamento para construir a segurança hídrica”, explicou. Como destaques na área, ela citou a política municipal de segurança hídrica em São Paulo, que entre os autores têm os Líderes RAPS vereador Gilberto Natalini (PV-SP) e Ricardo Young (REDE-SP), e também iniciativa semelhante que foi levada a Ribeirão Preto pelo Líder RAPS e vereador Marcos Papa (REDE-SP).

No painel “Precisamos discutir saneamento”, Rubens Filho, coordenador de comunicação do Instituto Trata Brasil, trouxe um dado relevante: em 2017, o país teve um prejuízo de 11 bilhões devido ao desperdício de água, que, se economizada, poderia abastecer 30% da população.

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