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Sustentabilidade e ação política dão o tom no segundo dia de formação de Líderes RAPS

22 de março de 2014

Fernando Rei, Zysman Neiman e Ricardo Young respondem a questões sobre sustentabilidade
Fernando Rei, Zysman Neiman e Ricardo Young respondem a questões sobre sustentabilidade

 
Na manhã de sábado (22/3), os novos líderes RAPS participaram de palestras sobre o tema da Sustentabilidade nas vertentes conceituais, de agenda internacional e as ações políticas locais como agentes transformadores das questões globais, no segundo dia de Formação e Capacitação da turma de 2014. O professor Zysman Neiman (Unifesp) e líder RAPS de 2013 abordou a evolução do conceito de desenvolvimento Sustentável passando pelos aspectos preservacionistas até à visão contemporânea de sustentabilidade e mostrou os desafios que devem ser abraçados pelas novas lideranças políticas. “É preciso ousadia e coragem para inovar a partir de ações de ruptura e de mudança de paradigmas na sociedade. Uma ação política efetivamente transformadora só é possível se embutir os conceitos de sustentabilidade com profundidade e de forma revolucionária.”
Novos atores
O professor de direito ambiental Fernando Rei (Faap), um dos fundadores da RAPS, falou sobre Governança Global e Sustentabilidade e explicou o conceito de “paradiplomacia”, uma atuação direta de novos atores na agenda internacional da sustentabilidade. Através de experiências das melhores práticas neste campo, sobretudo nos municípios, independente da atuação do governo central, forma-se uma espécie de rede regional de desenvolvimento sustentável. “Isto não está na pauta dos governos. Está em parte na academia, mas está principalmente nos chamados governos subnacionais, envolvendo os estados e os municípios a partir de uma agenda de ações locais bem sucedidas e que podem ser multiplicadas regionalmente.” Rei também pontuou que o Brasil é a sétima economia do mundo, a maior potência ambiental do planeta e ocupa a vergonhosa 112ª posição no ranking de saneamento ambiental mundial. Ele destacou ainda que o país tem um grande potencial de agricultura sustentável e energias renováveis como vias de transição para uma economia verde e que as mudanças climáticas devem representar uma oportunidade única para repensar e rever os modelos de desenvolvimento.
Agir no local para transformar o global
Já o vereador de São Paulo Ricardo Young, também líder RAPS da turma 2013, falou sobre o conceito “Glocal”, que transfere a discussão de sustentabilidade global para o âmbito local, com as transformações sendo operadas a partir das cidades. Ele explicou que no Brasil, 85% da população se concentra na área urbana. “A pressão da urbanização sobre os recursos naturais e financeiros é maior nos países em desenvolvimento e neste sentido as cidades precisam se organizar para sobreviver com seus próprios recursos. As cidades têm que se tornar sustentáveis e produtoras de serviços ambientais, caso contrário o esgotamento do planeta será inevitável.” Aos novos líderes, ele apontou também importantes referências para auxiliar a ação política no campo da sustentabilidade, como a Plataforma Cidades Sustentáveis, o IRBEM – Indicadores de Referência de Bem Estar dos Municípios – desenvolvidos pela Rede Nossa São Paulo e a Carta da Terra, “um documento que representa o novo repertório ético para o século XXI e uma importante base para uma nova forma de ação política com valores que devem estar presentes na atuação dos líderes RAPS”.

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